(Recomendo ler o texto ouvindo essa bela música) http://baixa.la/arquivo/115282
Eu
nunca soube o que queria da vida, pelo menos eu não hesitava em saber
exatamente o que me esperava a cada dia. Sempre deixei a vida passar, de forma
mansa e vagarosa, bem vagarosa, para que eu percebesse cada detalhe, para que
eu nunca esquecesse os rostos que via, e muito menos os detalhes que os rostos
faziam. Nunca pedi para me apaixonar, mas se assim fosse, pelo menos tinha que
ser algo puro, mas nem sempre é como queremos. Então, não hesitei e me
apaixonei por diversas vezes. Nunca pedi pro meu coração bater, mas sabia que
era como obrigação agradecer todos os dias por ele pulsar forte. Eu pedia para
que tudo fosse mais fácil, mas o meu pedido era exatamente o contrário, tudo
parecia “barra pesada”. Às vezes tinha medo do escuro, depois passei a ter medo
de algo inexistente ou algo que eu achava sobrenatural, era apenas mito, meu
medo era apenas de ser prisioneiro do meu eu. Mas sou livre, somos todos
livres! Se tivesse que pedir algo agora, pediria... franziria a testa e pediria
que as mesmas coisas que já me aconteceu acontecessem novamente, porém, em
dobro. As noites em claro que passei. Noites mal-dormidas que um dia me fez “pescar
com a cabeça” de tanto sono. Com os olhos vermelhos. E as olheiras então? Mas
não me arrependo de nada do que fiz me arrependo de coisas que não fiz. Sei que
não é hora de lamentações, porém, é hora de corrigir os erros. Peço desculpas!
Suplico o perdão por cada palavra que perfura, por todas as atitudes burras,
até por coisas feitas inocentemente. Podemos ser a mudança que queremos ver por
aí. O reconhecimento é algo supremo, e quando reconhecemos os nossos próprios
erros, começamos a nos conhecer de verdade, ou pela primeira vez. Vender sonhos
para nós mesmos é como se tivéssemos salvando a própria vida do perigo, do
pecado, das frustrações, do medo, da angustia, do desespero, do ódio, do
rancor, da imoralidade, da falta de ética, de tudo que possa ser ruim para o
ser humano. Eu aprendi uma coisa muito interessante sobre o “bem e o mal”.
Aprendi que em alguns casos o que é ruim pode se tornar uma coisa boa um dia,
possa te fazer enxergar algo que a bondade não te faz enxergar, poder ver o
mundo de forma mais crítica para que indague na hora certa. Sou e serei um
eterno aprendiz da vida, quando eu souber algo irei fingir não saber de nada,
talvez eu engane o meu psicológico e em vez de ser um Mestre ou um Doutor, eu
possa voltar a ser um aluno cheio de vento na cabeça. Fico triste por saber que
ainda existem pessoas que tiram a sua própria vida. Mal sabem elas que é algo
simplesmente perfeito, algo sem descrição, irrevelável. Talvez se elas tivessem
a chance. A falta de oportunidades ajuda no seu processo de depressão. A vida é
linda, mas é como um automóvel; temos que ter cuidado e saber manusear. Que
todos aqueles que se foram, possam um dia voltar e conhecer o que é belo de
verdade. A vida!
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